No mundo, mulheres e dissidências estamos enfrentando a reação patriarcal liderada por Trump, Milei e a ultradireita, que nega a violência de gênero e busca atacar os direitos que conquistamos com a luta nas ruas. É a resposta conservadora aos avanços que o movimento feminista alcançou no contexto da quarta onda de lutas sob o grito de
No mundo, os dados sobre a violência de gênero continuam sendo assustadores: uma mulher a cada 10 minutos foi assassinada durante o ano de 2023. Esses feminicídios foram cometidos por parceiros, ex-parceiros ou por um familiar, segundo o último relatório publicado anualmente pela agência ONU/Mulheres. A violência de gênero é estrutural no sistema capitalista e patriarcal. Por isso, somos as mulheres e dissidências da classe trabalhadora e dos setores populares que mais sofremos as consequências da falta de políticas públicas que acabem com esse flagelo, cuja expressão mais extrema são os feminicídios e demais crimes de ódio.
Como todo 25 de novembro, nos manifestamos contra a violência patriarcal em homenagem às irmãs Minerva, Patria e María Teresa Mirabal, que foram brutalmente assassinadas em 1960 pelo regime de Trujillo na República Dominicana. Elas foram executadas com especial brutalidade por serem mulheres e por ousarem enfrentar as aberrações de um governo ditatorial. Nesta data, comemoramos sua luta e sua rebeldia, que nos fortalecem na luta contra todo tipo de violência de gênero, especialmente aquela promovida pelos governos com seus planos de ajuste, que nos condenam a ser as mais pobres entre os pobres, evidenciando a feminização da pobreza. Um dos países onde a violência se manifesta de forma mais extrema é o Afeganistão. Quatro anos após o regime Talibã, 8 em cada 10 jovens não têm acesso ao direito à educação, formação e emprego.
Neste 25 de novembro denunciamos o genocídio e o uso sistemático da violência sexual, reprodutiva e de gênero do estado de Israel sobre mulheres, meninas e meninos palestinos. Denunciamos o falso “acordo de paz” de Trump e convocamos os povos do mundo a continuar com as mobilizações em solidariedade à resistência palestina, retomando o caminho da greve geral na Itália, da Flotilha Global Sumud e das centenas de expressões que, ao longo e largo do mundo, mostraram que, diante dos governos capitalistas cúmplices de Netanyahu, os povos do mundo se levantam contra o genocídio.
Parte dessa mobilização mundial se expressa no fato de que o ativista pró-Palestina, jovem muçulmano, migrante e socialista democrático Zhoran Mamdani seja o novo prefeito de Nova York. Um golpe para o ultradireitista Trump e para o sionismo no coração do capitalismo imperialista e financeiro. Sua vitória expressa as mobilizações contra Netanyahu e o genocídio do estado de Israel sobre o povo Palestino e contra as políticas de deportações em massa, especialmente contra a comunidade latina, em defesa dos direitos das mulheres e das dissidências. Chamamos para que esse triunfo se multiplique em novas mobilizações por todo o país contra o ultradireitista Trump.
Desde a UIT-CI repudiamos os recentes ataques com mísseis executados pelo ultradireitista Donald Trump no Caribe e no Pacífico e dizemos que esta política agressiva do imperialismo norte-americano busca redobrar o saque dos recursos naturais dos países, a superexploração dos povos do mundo e frear a mobilização de massas que ameaça todo o sistema capitalista. No contexto da crise capitalista, chamamos as mulheres e dissidências, que somos as mais pobres entre os pobres e as primeiras afetadas, a nos mobilizarmos contra os planos de ajuste dos governos capitalistas.
Neste 25 de novembro, vamos fazer ouvir nossa reivindicação contra a violência patriarcal e capitalista que nos atinge principalmente às mulheres e dissidências da classe trabalhadora e dos setores populares. Que seja escutado nosso grito coletivo: Basta de violência machista, nem uma a menos, os governos são responsáveis.



