Hoy (17 de enero de 2013) se reunió, con 500 participantes, en Cochabamba, la primera Conferencia Político Sindical para la creación de un Instrumento Político.
La Conferencia termina mañana y hoy comenzó a discutir la propuesta de formar un Frente de Revolución Social o Instrumento Político de los Trabajadores. Participaron la conducción de la COB, entre ellos los compañeros Trujillo (secretario ejecutivo Nacional) y Jaime Solares (vocal del CEN de la COB), dirigentes de las centrales departamentales de Cochabamba, Oruro, Tarija, La Paz y Santa Cruz, así como de las Confederaciones Nacionales, Fabriles, Magisterio, Salud, etc, y muchas Federaciones departamentales, especialmente de Cochabamba.
Entre los considerandos propuestos se destaca que «el Instrumento Político de los Trabajadores surge de la constatación de que los objetivos históricos de los trabadores y el pueblo boliviano nuevamente han sido burlados… hoy vemos como nuevamente las aspiraciones y objetivos del pueblo de una genuina independencia nacional del imperialismo… y de una genuina justicia social, sintetizada en la llamada Agenda de Octubre del 2003, escrita con la sangre de decenas de trabajadores y pueblo pobre, han sido nuevamente burlados y traicionados».
En el programa de gobierno propuesto destaca
1.- Nacionalización sin pago de los hidrocarburos, minería y conjunto de recursos naturales.
2.- No pago de la fraudulenta deuda externa.
3.- Control obrero colectivo de toda empresa que amenace con despidos y suspensiones.
4.- Refundación de COMIBOL como ente no solo administrativo sin fundamentalmente productivo en manos del Estado y gestionado por los trabajadores mineros y del país.
8.- Expropiación de latifundio agrario preservado por el MAS en la Nueva Constitución y en los acuerdos con la oligarquía del 2008.
10.- Derecho a autodeterminación indígena.
11.- Nueva ley de pensiones basada en el aporte tripartido (estado, patrones y laboral) oponiéndola a la ley neoliberal del MAS.
15.- Pelearemos por un gobierno… de los trabajadores con los sectores campesinos y el pueblo pobre… como única alternativa sostenible y duradera para las grandes mayorías nacionales.
En el Estatuto
Se prevé que la dirección del IPT estará conformada por: 40% proletarios, 25% trabajadores de servicios (maestros, salud, bancarios, del hogar), de clase media empobrecida y movimientos sociales; 15% naciones originarias andino-amazónicas; 10% direcciones departamentales del IPT; 10% organizaciones políticas revolucionarias que sean parte orgánica del IPT.
También prevé la posibilidad de incorporación de organizaciones «partidos o frentes que decidan incorporarse al IPT como parte de una Alianza o bien fusionándose», para eso deben respetar la declaración de principios del IPT y coincidir con al menos el 60% del programa, siendo innegociables la independencia política de los trabajadores respecto a empresarios banqueros y latifundistas.
Se prevé una nueva conferencia en un plazo no mayor a un mes, después de socializar con las bases el documento de propuesta, con su estatuto y declaración de principios.
¿Quienes se opusieron?
Entre los que se opusieron había algunos masistas, algún representante del PC y dirigentes de maestros urbanos del Partido Obrero Revolucionario, con el argumento de que «no se puede hacer un programa revolucionario en un mes», de que «se aceptaba la legalidad burguesa» y de que la COB no luchaba por el salario y por eso no podía hacer un partido. Son argumentos equivocados que apuntan en contra de que el pueblo pobre y los trabadores no puedan tener su partido.
Nuestra posición
Desde La Protesta y desde Alternativa Revolucionaria del Pueblo, fundada en diciembre del 2012, venimos insistiendo en la necesidad de un frente o instrumento político popular que pueda agrupar a sindicatos obreros, campesinos, indígenas y organizaciones revolucionarias de izquierda o indianistas para enfrentar al MAS y a la derecha, levantando un programa por la verdadera nacionalización y un gobierno revolucionario del pueblo pobre. Saludamos esta Conferencia de la Central Obrera Boliviana que podría dar un paso en ese sentido.
COB resolve criar Instrumento Político dos Trabalhadores
Evento da Central Operária Boliviana contou com a participação de 500 pessoas
Fonte: Por La Protesta, Bolívia
A conferência Político-Sindical da COB (Central Operária Boliviana) resolveu criar um novo Instrumento Político dos Trabalhadores. O evento contou com a participação de 500 pessoas.
Os dirigentes da COB estiveram presentes, dentre os quais destacamos o companheiro Trujillo (Secretário Executivo Nacional) e Jaime Solares (porta-voz do CEN da COB), além de diretorias das centrais departamentais de Cochabamba, Oruro, Tarija, La Paz e Santa Cruz. Também participaram lideranças das Confederações Nacionais, de setores fabris, da educação, da saúde, e inúmeras federações estaduais.
A resolução votada destaca que «o Instrumento Político dos Trabalhadores surge da constatação de que os objetivos históricos dos trabalhadores e do povo boliviano novamente foram traídos». Em seguida resgata as reivindicações da chamada «Guerra do Gás», rebelião que derrotou o ex-presidente Sanches de Lozada e afirma: «assistimos como, novamente, as aspirações e objetivos do povo de uma genuína independência nacional do imperialismo… e de uma genuína justiça social, sintetizada na agenda de outubro de 2003, escrita com sangue de dezenas de trabalhadores e de pessoas do povo pobre, novamente foram esquecidos e renegados».
Programa
O programa de governo proposto pelo novo Instrumento Político dos Trabalhadores destaca:
1- Nacionalização sem indenização dos hidrocarbonetos, dos minerais e do conjunto de recursos naturais como exigido pela Agenda de Outubro.
2- Não pagamento da fraudulenta dívida externa.
3- Controle operário coletivo de toda empresa que ameace com demissões e suspensões.
4- Refundação da COMIBOL como ente não só administrativo e sim, fundamentalmente, produtivo nas mãos do Estado e gestionado pelos trabalhadores mineiros e do país.
5- Impulsionar o controle social (controle operário coletivo) na YPFB, BCB, COMIBOL e no conjunto de empresas estatais.
6- Expropriação do latifundio agrário preservado pelo MAS na nova constituição e nos acordos com a oligarquía de 2008.
7- Direito de auto-determinação indígena.
8- Nova lei de pensões baseada na contribuição tripartite (estado, patrões e trabalhadores) opondo-se a lei neoliberal do MAS.
9- Lutaremos por um governo operário e camponês, aliança dos trabalhadores com setores camponeses e com o povo pobre, impondo um governo dos excluídos, explorados e oprimidos como única alternativa sustentável para as grandes maiorias nacionais.
Estatuto
No Estatuto se prevé que a direção do novo Instrumento Político dos Trabalhadores (IPT) estará conformada por: 40% de proletários; 25% de trabalhadores de serviços (profesores, saúde, bancários, domésticos), de clase média empobrecida e movimiento sociais; 15% de nações originárias andino-amazónicas; 10% direções departamentais do IPT; 10% de organizações políticas revolucionárias que sejam parte orgânica do IPT.
Também se prevé a possibilidade de incorporação de organizações, «partido ou frentes que decidam se incorporar ao IPT como parte de uma aliança o mesmo por meio de fusão», para isso devem respeitar a declaração de principios do IPT e concordar com pelo menos 60% do programa, sendo inegociável a independencia política dos trabalhadores a respeito dos empresarios, banqueiros e latifundiários.
Se prevê uma nova conferencia para um prazo não maior que um mês, depois de socializar com as bases a proposta programática, com seu estatuto e principios.
Quem foi contra?
Entre os que foram contrários ao novo Instrumento Político dos Trabalhadores haviam integrantes do MAS, representantes do PC (Partido Comunista) e dirigentes do Sindicato de profesores urbanos ligados ao POR (Partido Operário Revolucionário). Argumentaram que «não se pode fazer um programa revolucionário em um mês» ou «aceitar a legalidade burguesa». Alegaram, ainda, que a COB luta por salário, por isso não pode fazer um partido. São argumento equivocados que jogam contra que o povo pobre e os trabalhadores construam seu próprio partido.
A posição de La Protesta
«La Protesta» e a «Alternativa Revolucionária do Povo» estiveram presentes no encontro. Estamos insistimos há algum tempo acerca da necessidade de uma frente ou instrumento político popular que possa agrupar sindicatos operários, camponeses e organizações revolucionárias de esquerda ou indígenas para enfrentar o MAS e a direita, levantando um programa pela verdadeira nacionalização e um governo revolucionário do povo pobre. Saudamos está conferência da Central Operária Boliviana que poderá dar um paso nesse sentido.