Por Miguel Lamas, para El Socialista, de Izquierda Socialista-UIT-CI de Argentina (Versao em Portugues)
La movilización de centenares de miles de personas en Ucrania obligó al gobierno a derogar las leyes represivas (contra las manifestaciones), enfrentó y derrotó a la policía en muchos casos y hay ocupados decenas de edificios públicos de ministerios y gobernaciones y obligó a la renuncia del primer ministro y todo su gabinete.
Ucrania, país de 45 millones de habitantes, que perteneciera a la antigua Unión Soviética, enfrenta una crisis terminal relacionada con la crisis mundial y el neoliberalismo extremo que llevó a la pobreza a gran parte de la población, a la fuga masiva de capitales por parte de una oligarquía saqueadora que no paga impuestos, los trabajadores estatales tienen meses de atraso en sus sueldos, y el país no alcanza a pagar el gas que importa de Rusia. La desocupación es muy alta (8%) y el salario medio en Ucrania es entre 2 y 2.5 veces inferior al de Rusia y Bielorrusia, y muchísimo más bajo que en la UE. Estos son los motivos básicos del descontento popular y da fuerza a la movilización. La rebelión tiene parentesco directo con el proceso de revolución árabe y las protestas masivas en el vecino país Turquía.
El gobierno encabezado por el presidente Viktor Yanukovich es pro ruso, aliado a Vladimir Putín y está contra la entrada en la Unión Europea (UE). Putin hizo parar el acuerdo con la UE acordando con Yanukovich bajar el precio del gas (al 50%) que les vende y ofreciendo un préstamo de 15.000 millones de dólares, pero atado a sus propios planes de saqueo de Ucrania.
Justamente la movilización empezó en noviembre repudiando la decisión del gobierno de congelar el acuerdo de asociación con la UE. La oposición burguesa, encabezada por la ex primer ministra Yuli Timoshenko, exige la entrada a la Unión Europea y sectores populares apoyan porque tienen ilusiones de que esto podría mejorar la situación (mientras en Grecia o Estado español son muchos lo que dicen que hay que salirse de la Unión Europea en crisis, ante los ajustes antipopulares que esta impone). Justamente la movilización popular con miles de personas instaladas en la Plaza Independencia de Kiev, adquirió el nombre de «Euromaidan» (Plaza Europa). La revuelta popular que se mantiene desde hace dos meses, ha desbordado a la propia dirección, enfrentó violentamente a la policía con centenares de heridos de ambos lados y algunos muertos, exige ahora nuevas elecciones nacionales.
Los socialistas revolucionarios apoyamos las movilización del pueblo, de la juventud y los trabajadores ucranianos por sus derechos democráticos, contra al brutal represión y por su derecho a decidir su destino echando al actual gobierno represivo. Consideramos que la solución no pasa ni por entrar en la UE ni por apoyar a los dirigentes de los capitalistas que están saqueando al país, sean «opositores» u oficialistas, ni por acuerdos con Rusia. En este sentido destacamos el manifiesto de la agrupación ucraniana Oposición de Izquierda que convoca a luchar por el no pago de la deuda y ruptura con el FMI y «nacionalizar la metalurgia, la minería y las industrias químicas, junto con las empresas estructurales (energía, transporte y comunicaciones) que, controladas por los trabajadores, deben de contribuir al bien común». Sólo un programa de los trabajadores y el pueblo, basado en recuperar el control de las riquezas y producción nacionales, puede comenzar a solucionar la crisis.
Ucrânia: rebelião popular ante a crise socioeconômica
Fonte: tradução Eduardo Rodrigues
Por Miguel Lamas para «El Socialista» (de Izquierda Socialista, Argentina, UIT-QI)
A mobilização de centenas de milhares de pessoas na Ucrânia forçou o governo a revogar as leis repressivas (anti-protestos), enfrentou e derrotou a polícia em muitos casos, e há dezenas de prédios públicos de ministérios ocupados e de províncias e forçou a renúncia do primeiro-ministro e todo o seu gabinete.
Ucrânia, um país de 45 milhões de habitantes, que pertenceu à antiga União Soviética, está enfrentando uma crise terminal relacionada com a crise mundial e o neoliberalismo extremo que levou à pobreza a grande parte da população, a massiva fuga de capitais por parte de uma oligarquia saqueadora que não paga impostos, são meses de atraso nos salários dos trabalhadores estatais, e o país não consegue pagar o gás importado da Rússia. O desemprego é muito elevado (8%) e o salário médio na Ucrânia é entre 2 e 2,5 vezes menor do que na Rússia e Bielorrússia, e muitíssimo menor do que na União Europeia. Estas são as razões básicas para o descontentamento popular e da força da mobilização. A rebelião tem relação direta com o processo da revolução árabe e os protestos em massa no país vizinho, Turquia.
O governo liderado pelo presidente Viktor Yanukovych é pró-russo, aliado a Vladimir Putin e é contra a adesão à União Europeia (UE). Putin paralisou o acordo com a UE e realizou um acordo com Yanukovich para baixar em 50% o preço do gás que é vendido pela Russia e lhe ofereceu um empréstimo de 15.000 milhões de dólares, tudo vinculado a seus próprios planos de pilhagem da Ucrânia.
A mobilização começou justamente em novembro repudiando a decisão do governo de congelar o acordo de associação com a UE. A oposição burguesa, liderada pelo ex- primeiro-ministro Yuli Timoshenko, exige a entrada para a União Europeia e setores populares apoiam porque tem ilusões de que isto poderia melhorar a situação (enquanto que na Grécia ou no Estado Espanhol são muitos que dizem que tem de sair da União Europeia em crise, ante os ajustes antipopulares que esta impõe). Precisamente a mobilização popular com milhares de pessoas instaladas na Praça da Independência, em Kiev, adquiriu o nome de «Euromaidan» (Praça Europa). A revolta popular que se mantém desde há dois meses, transbordou a própria direção, enfrentou violentamente a polícia com centenas de feridos em ambos os lados e alguns mortos, agora exige novas eleições nacionais.
Os socialistas revolucionários apoiamos a mobilização do povo, da juventude e dos trabalhadores ucranianos por seus direitos democráticos, contra a dura repressão e pelo seu direito a decidir seu destino retirando o atual governo repressivo. Acreditamos que a solução não passa nem pela entrada na UE e nem em apoiar aos líderes dos capitalistas que estão saqueando o país, sejam situação ou «oposição», nem por acordos com a Rússia. Neste sentido, destacamos o manifesto do agrupamento ucraniano Oposição de Esquerda que convoca a lutar pelo não pagamento da dívida e à ruptura com o FMI e «nacionalizar a metalurgia, a mineração e as indústrias químicas, em conjunto com as empresas estruturais (energia, transportes e comunicações) que, controladas pelos trabalhadores, devem contribuir para o bem comum». Só um programa dos trabalhadores e do povo, com base em recuperar o controle das riquezas e da produção nacionais, pode começar a resolver a crise.