3 de diciembre de 2025
El gobierno de AD quiere aprobar el mayor recorte de derechos laborales desde la Troika: despidos más fáciles, inseguridad laboral generalizada, horarios de trabajo desregulados y más poder de los empleadores sobre la vida de los trabajadores.
Aunque este plan no estaba incluido en el programa electoral del gobierno, nada de esto cayó “del cielo”: es parte de un proyecto que ya han implementado los sucesivos gobiernos del PSD/PS para bajar los salarios, debilitar a los sindicatos y hacer que la economía funcione a expensas del trabajador.
Necesitamos una huelga general contundente si queremos detener este ataque. El gobierno intenta dividirnos, prometiendo concesiones superficiales y negociando entre bastidores con la UGT, pero lo esencial sigue siendo lo mismo. La huelga es justificada, necesaria y urgente.
La mera convocatoria de la huelga obligó al Gobierno a ceder en puntos secundarios y a un debate público más amplio sobre el contenido de esta reforma, lo que concientizó sobre la magnitud del ataque que la AD (Alianza Democrática) prepara contra los trabajadores. Y cuanto mayor sea la huelga del 11 de diciembre, mayor será nuestra capacidad para derrotar el paquete laboral.
Esta huelga general también será una expresión del descontento acumulado que va mucho más allá de la reforma laboral. En un país donde crece la indignación por el apoyo europeo al genocidio en curso en Palestina, muchos trabajadores irán a la huelga, llevando consigo esta revuelta: porque quienes luchan por sus salarios y sus derechos reconocen la lucha de otros pueblos contra la opresión.
A solidariedade internacional faz parte da tradição dos trabalhadores e a defesa da Palestina é hoje uma das suas expressões mais vivas. E é essa mesma força coletiva que hoje se expressa no apoio à resistência palestiniana que pode transformar uma greve como a de 11 de dezembro num momento decisivo de luta, capaz de travar este ataque.
Como a greve devia estar a ser preparada
(e o que ainda falta fazer)
A greve geral foi finalmente convocada depois de meses de paralisia das direções sindicais. Mas, para que a paralisação tenha força real, não basta marcar uma data. Uma greve geral capaz de travar a reforma laboral exige uma preparação totalmente diferente daquela que está a ser feita pela CGTP e pela UGT.
Esta greve devia estar a ser construída pela base, com organização nos locais de trabalho: assembleias abertas em cada empresa e serviço, onde os trabalhadores discutam o ataque em curso e decidam como participar; plenários intersindicais e comissões de base eleitas, que coordenem a mobilização de baixo para cima; informação clara e permanente nos locais de trabalho sobre o que está realmente em causa na reforma laboral.
Falta também um plano de mobilização nacional e uma grande manifestação no próprio dia Nenhuma das centrais convocou, até agora, uma manifestação nacional para 11 de dezembro. Isto fragiliza a greve: deixa trabalhadores isolados, reduz a visibilidade pública e facilita ao Governo relativizar a sua força
A ausência deste plano é responsabilidade direta das grandes centrais sindicais, que querem uma greve controlada, limitada e facilmente capitalizável numa negociação posterior. Mas nada está perdido. Os trabalhadores ainda podem transformar esta greve!
5 coisas que podes fazer para dar força à greve geral
1. Organizar uma reunião sindical ou conversa informal
Mesmo que pequena. O objetivo é simples: explicar o que está em causa, esclarecer dúvidas e perceber o estado de espírito do setor. Mesmo que o sindicato do setor ou a comissão de trabalhadores seja inexistente ou não tome iniciativa, qualquer trabalhador pode organizar a discussão.
2. Criar um grupo de contacto entre colegas
Pode ser um grupo de WhatsApp ou Signal. Serve para trocar informação, esclarecer dúvidas sobre a greve e articular a adesão.
3. Discutir os impactos da reforma no nosso setor
Não basta falar “da lei em geral”: explicar concretamente o que muda no hospital, na escola, no armazém, na fábrica, na loja, no escritório. Isso aumenta a adesão.
4. Identificar quem está hesitante e falar com essas pessoas
Nem todos aderem logo. Uma conversa franca, centrada nos problemas reais do setor (horários, precariedade, pressões, salários), pode mudar posições.
5. Organizar piquetes para el día de la huelga.
El mismo día, siempre hay quienes deciden unirse a última hora. Siempre que sea posible, debemos organizar piquetes en la entrada del lugar de trabajo, informar a los compañeros indecisos y animar a quienes participan.
Tras la huelga general, es importante mantener la coordinación. ¡La lucha no termina el 11! Crear listas de contactos y mantener grupos de discusión ayuda a prepararse para lo que viene.


